sexta-feira, 15 de março de 2013

Canção do Exílio

  Olá, tudo na paz?
  À pedidos, hoje eu trago pro Risadas, poesia!
  Escolhi um poema que eu gosto muito, é super fácil de ler e traz um sentimento muito patriota. Se chama "Canção do Exílio". Assim por nome vocês podem não reconhecer muito facilmente, mas tenho certeza que já ouviram falar:

Canção do Exílio

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá. 

  E aí? Não vão me dizer que nunca ouviram um trechinho se quer dessa linda poesia de Gonçalves Dias? 
  Antonio Gonçalves Dias, mais conhecido apenas por Gonçalves Dias, foi um poeta, advogado, jornalista e mais algumas outras coisas, que nasceu em 10 de agosto de 1823. Era brasileiro e foi estudar direito na Universidade de Coimbra, em Portugal. Lá, escreveu "Canção do Exílio", que abre seu livro "Contos Literários".
  Fez parte do movimento do Romantismo, que tem como principais características o sentimento nacionalista e a idealização de um herói ou uma mulher/mocinha. 
  Gonçalves Dias foi um dos maiores escritores brasileiros e ajudou a criar, inclusive, uma das correntes do Romantismo no Brasil, conhecida como "Indianismo", que faz alusão aos indígenas como heróis e heroínas nacionais. 
  A "Canção do Exílio" já foi e ainda é tema para várias paródias. Desde reconstruções da poesia se adequando à era contemporânea, até citações e músicas. Uma das mais famosas é a música de Chico Buarque e Tom Jobim, denominada "Sabiá":




Até logo mais,
Nat Magal

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