segunda-feira, 11 de junho de 2012

Memórias de Leituras III

  Hola chicos, cómo están? 
 Vou dar sequência a série de postagens da minha memória de leitura, creio que vocês devem estar ansiosos pela continuação dela... E como Magal bem pontuou na postagem de ontem, o frio de Floripa tá mesmo intenso e congelante! Hahaha
                                                 As descobertas 
     Lá estava eu, com cinco anos e meio, começando a ver as letrinhas do alfabeto, quando numa tarde visito a minha vó, ganho um gibi dela e leio minha primeira palavra. Bem, na verdade, não foi uma palavra, mas sim, o som do choro, usado na linguagem dos gibis: BUÁÁÁÁ. A partir daí, desenvolvi um gosto enorme pela leitura de gibis, ganhando vários e construindo a minha coleção de gibis Turma da Mônica que guardo até hoje. Gostava muito da Magali, a comilona engraçada, e da Tina, com suas roubadas de adolescente. E, é claro, não dispensava o caipira atrapalhado Chico Bento. Lembro-me bem que minha tia Ana Paula (a mesma que me deu o “Meu pequeno libriano”) tinha uma coleção de gibis e sempre que eu ia visita-la, pegava emprestado alguns e devolvia na próxima visita. Eu lia e relia as histórias sem enjoar de nenhuma...
   Além dos gibis, bem no começo de eu mesma ler as histórias, tinham as coleções de clássicos, que eram bem resumidos para que as crianças conseguissem ler sozinhas. Eu tinha os livrinhos da Cinderela, A princesa e o sapo, João e o pé de feijão, Branca de Neve, Pocahontas, Rapunzel, e vários outros.
  Quando eu ainda tinha cinco anos e meio, minha mãe viajou para São Paulo a trabalho e trouxe alguns livros para mim, como uma boa parte da coleção da Bruxa Onilda, o livro “Marcelo, marmelo, martelo”, “As melhores histórias de bruxas”... Já aproveito e conto que eu sempre achei muito mágico esse mundo das bruxarias, sempre me interessei por bruxas e suas histórias, quando minha mãe me trouxe este livro então, amei e o li e reli diversas vezes! Para completar essa “paixão” por bruxas, ganhei da minha mãe outro livro que falava mais sobre elas: “Histórias de bruxa boa”. O livro, de autoria de Lya Luft, conta a história de uma menina que tinha uma vó bruxa boa.
   Numas férias em que não tinha muito que fazer, minha mãe me levou em uma livraria e compramos o “Manual de brincadeiras da Mônica” e o “Manual de receitas da Magali”, que eram livros bem divertidos que ensinavam brincadeiras para se fazer com os amigos e receitas de lanches nutritivos para a criançada. A história desses dois livros é triste, porque emprestei para as filhas de um amigo do meu pai e elas nunca mais devolveram... Numa visita que fizemos a casa deles, até vimos os meus livros lá, mas jogados e rasgados, uma pena! Um tempo depois da compra dos dois manuais, minha mãe chegou do shopping com o livro “Quando mamãe virou um monstro”, que falava de uma família em que a mãe virou um monstro com um rabo verde, porque as crianças eram mal-educadas e a casa estava uma bagunça. Penso que, minha mãe me deu este livro porque achou engraçado o título (e ele é engraçado mesmo) e também para que eu ficasse “com medo” e nunca a desrespeitasse e nem deixasse a casa bagunçada.
   Até aqui foi possível perceber que, numa fase dos cinco anos e meio até os oito anos, eu estava começando a ler sozinha, descobrir o mundo mágico da leitura, gostando bastante de histórias de bruxas, de contos de fadas, gibis e dos manuais com os personagens dos gibis. Até que, acredito eu, por influência das amigas da escola e das famosas “modinhas”, passei também a ler livros da Barbie, da Polly, da Moranguinho... Aqueles livros que nem tem uma missão ou uma cultura, mas que todas as meninas na época liam só para poder comentar na escola no dia seguinte. Ai ai... Não consegui fugir da moda nesse momento!
    De repente minha vida mudou: fui sorteada para o Colégio de Aplicação (CA)! A partir deste momento tudo mudaria, eu passaria a estudar de tarde, eu estudaria numa escola bem maior em que os alunos são mais independentes, eu teria de fazer novas amizades... Essa mudança desencadeou na descoberta de um novo gênero literário, os diários. A minha professora da 1ª série, Izabel Cristina, leu no primeiro dia de aula (depois se intensificou para os outros dias também) um diário de uma menina, que se eu não me engano se chamava Clara. A leitura desse diário foi muito importante para mim, porque eu chorei muito no primeiro dia de aula no colégio novo e, quando a professora me levou até a sala e fez uma roda para a leitura, eu consegui me enturmar muito bem e deixar o choro de lado!
   Essa fase das descobertas foi muito importante para mim, porque foi onde aprendi a ler sozinha, onde peguei o gosto por um determinado estilo de leitura, sem contar que foi na época em que entrei para o CA.  

  Pois é, está aí mais um capítulo dessas memórias. Espero que estejam gostando, na próxima postagem minha tem mais!
                                                                                               Beijos, 
                                                                                                             Siry :) 
  

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