sexta-feira, 26 de julho de 2013

Os 10 Filmes Brasileiros com Maior Bilheteria em 2012

Oi gente, tudo bom?
 Ultimamente eu tenho gostado bastante de assistir filmes brasileiros, penso que eles são engraçados de verdade, mostram um perfil real do povo brasileiro (muitas vezes, pelo menos) e nos fazem descontrair em meio a tanta seriedade presente no mundo atual. Nos últimos tempos eu vi "Até que a sorte nos separe", "Vai que dá certo" e "O concurso" - as duas últimas já citadas aqui no Risadas Lau. Neste texto vou apresentar os 10 filmes brasileiros com maior bilheteria no ano passado, sendo que, juntos somaram 15,5 milhões de ingressos vendidos conforme a ANCINE (Agência Nacional do Cinema). Vamos conferir?
  • Título: Até que a sorte nos separe 
    Cena de "Até que a sorte nos separe"
  • Público: 3,32 milhões
  • Renda: R$ 33,8 milhões
  • Breve sinopse: Casal que ganha na mega-sena e fica muito rico da noite para o dia. Saem gastando adoidado, até que se veem endividados e com um monte de pepinos para resolver. Será que conseguirão ser felizes com menos do que possuem? 
  • Título: E aí, comeu?
  • Público: 2,57 milhões
  • Renda: R$ 26 milhões
  • Breve sinopse: Conta história de um casal recém-separado e que sua relação não foi bem sucedida. A partir deste fato, o homem começa a conversar com outros amigos e, juntos, buscam entender o por quê de o relacionamento dele não ter dado certo. 
  • Título: Os Penetras
  • Público: 2,22 milhões 
  • Renda: R$ 22,3 milhões
  • Breve sinopse: Marco Polo é um sujeito aproveitador que conhece Beto, rapaz inseguro que acaba de romper com sua namorada. Marco Polo promete ajudar Beto a reconquistar e moça, porém, acaba se envolvendo com a mesma e descobrindo que ela é bem do estilo dele: aproveitadora!
  • Título: Gonzaga: De pai para filho
  • Público: 1,45 milhões
  • Renda: R$ 14,6 milhões
  • Breve sinopse: Conta a história dos cantores Luiz Gonzaga e Gonzaguinha, pai e filho, respectivamente. É um drama com todos os detalhes da vida de ambos.
  • Título: De pernas pro ar 2
  • Público: 1 milhão
  • Renda: R$ 10,9 milhões
  • Breve sinopse: Continuação do "1", conta a história da bem-sucedida Alice, empresária que tem um surto no trabalho e é internada num spa onde quem coordena é uma rígida mulher. Já dá de perceber que Alice entrou em apuros e que muitas aventuras/risadas vem por aí, né?
  • Título: As aventuras de Agamenon, o repórter
  • Público: 937,9 mil
  • Renda: R$ 9,33 milhões
  • Breve Sinopse: Conta a história de um repórter que já passou pelos mais importantes fatos mundiais e que vive até os dias atuais para contar suas experiências com muito humor. 
  • Título: Totalmente Inocentes
  • Público: 523,5 mil
  • Renda: R$ 5,3 milhões
  • Breve Sinopse: Conta as peripécias vividas pelos membros de um triângulo amoroso um tanto quanto "barra pesada". Dá de perceber a graça a partir dos nomes dos personagens: Da Fé, Do Morro, Diaba Loira e por aí vai...
  • Título: Paraísos Artificiais
  • Público: 402,8 mil
  • Renda: R$ 3,9 milhões
  • Breve sinopse: Narra a história de duas DJs amigas que são bem badaladas e conhecem um rapaz. Os três tornam-se grandes amigos que se separam com o destino e por motivos mais sérios também. Uma das moças e o rapaz se encontram posteriormente e se apaixonam, só que ela se recorda o verdadeiro motivo que fez com que eles rompessem o laço de amizade no passado.
  • Título: Xingu
  • Público: 377,8 mil
  • Renda: R$ 3,9 milhões
  • Breve sinopse: Conta a história dos três irmãos que resolvem trocar o conforto da cidade para viver caminhando e explorando as matas. Mostra ainda a eterna conquista do Parque Nacional do Xingu. Possui pegada mais "cult", porém é bem legal.
    Os atores que interpretaram os irmãos Villas Boas
  • Título: E a vida continua
  • Público: 370,6 mil
  • Renda: R$ 3,8 milhões
  • Breve sinopse: É um drama que conta a história de um homem que carrega em sua memória um passado nada agradável e uma moça que sofre por ser traída pelo marido. Ambos se conhecem numa situação cotidiana qualquer e tornam-se grandes amigos em função de terem tristezas em comum para compartilhar e que, na presença de um bom amigo, se transformam em alegrias!
            E aí, pessoal, gostaram de saber mais sobre estes filmes produzidos em nosso país? No primeiro link que está colocado logo abaixo ali nas fontes, a lista segue até chegar nos 30 filmes nacionais de maior bilheteria. Vale a pena dar uma olhadinha!
Abração, 
Maria Siry :) 


FONTES:
- ://exame.abril.com.br/negocios/noticias/os-30-filmes-brasileiros-com-maior-bilheteria-em-2012
- www.adorocinema.com 

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Apaixonados por Fusca

 Oi gente!
Anos 30
 Quanto tempo que eu não dou as caras por aqui! Mas é sempre assim, em período escolar a gente até tenta postar, mas acaba dando uma sumidinha mesmo.
  Hoje eu vim falar sobre uma paixão minha, os Fuscas! Aliás, você sabia que eles são chamados assim só aqui no Brasil? Em Portugal eles são apelidados de Carocha, Beetle é o nome deles nos Estados Unidos, em Cabo Verde eles são os Baratinha, em alguns países da América Latina o nome deles é Cucarachita. Mas a Volkswagen, fabricante do carro, diz que o nome oficial do Fusca é Volkswagen Sedan
 O Fusca surgiu na Alemanha, na década de 1930. Foi desenhado por Ferdinand Porsche (que mais tarde fundaria a marca de automóveis Porsche) à pedido de Adolf Hitler, que queria criar um carro barato, econômico e funcional, ao qual toda a população tivesse acesso. 
Modelo usado na Guerra
Fusca Policial
  Já em sua primeira versão, em 1935, o Fusca tinha um interior bem moderno para a época. Eu não entendo muito dessas coisas de motor, molas, válvulas, compressores e etc, mas, resumindo para os leigos, o Fusca era um carro bem econômico e moderno. Além disso, custava menos de 1.000 marcos (moeda alemã da época), ou seja, era muito difícil quem não pudesse pagar para ter uma belezinha dessas em casa.
 Em 1939, com o início da 2ª Guerra Mundial, o Fusca virou carro militar, aí, a produção aumentou consideravelmente. Porém, com o fim da mesma, os carrinhos ficaram praticamente extintos. Mas, graças a um inglês chamado Ivan Hirst, o modelo foi redescoberto e, por causa da sua economia, virou carro do correio, da polícia, ambulância (eu fico imaginando o trabalho pra entrar dentro de uma ambulância-Fusca), entre outros serviços do dia-a-dia. 
Fusca da polícia
Fusca de 1959
Anos 50
 No ano de 1959, a divindade em forma de carro finalmente chegava ao Brasil! Nos anos seguintes, com o sucesso de vendas, o Fusca se consolidou como um dos maiores mitos/clássicos dos automóveis. 
Modelo dos anos 70

1970
 Eis que, em 1986, para a tristeza dos fuscamaníacos, encerra-se a produção de Fuscas (pelo menos no Brasil). Ano triste, eu sei. Mas nem tudo estava perdido! Em 1993 elas recomeçam, por pedido do então presidente brasileiro Itamar Franco.
  Porém, tudo que é bom tem fim e com o Fusca não foi diferente. Tenho certeza que todos os apaixonados por Fuscas nunca esquecerão do ano de 1996, pois foi nesse ano que a produção das Carochas parou de vez. 
New Beetle 2013
Último dos Moicanos: Fusca 1993
 Em 1998, a Volkswagen laçou o New Beetle, que é uma forma mais arrojada e moderna do bom e velho Fusquinha. Porém, além de ser mais sensível e fugir dos padrões que conquistaram o coração dos amantes do Fusca, o New Beetle custa os olhos da cara! Eu, particularmente, apesar de admitir que o New Beetle é um carro super bonito, acho que não merecia o status de "o novo fusca".
 Hoje em dia, existem clubes e mais clubes que se dedicam em adorar os Fuscas, personalizá-los, expo-los (e nos deixar babando por eles) e criar os mais inimagináveis tipos de Fuscas. Alguns deles:
 - http://www.fuscaclube.com.br/ (que me ajudou a montar esse texto, gracias!)
 - http://www.kaferclube.com.br/ 
 - http://www.clubedofuscadeblumenau.com.br/
 - http://www.clubedofuscarn.com.br/
 - http://www.passofundofuscaclube.com.br/

 Bom, espero que vocês tenham gostado de saber um pouco mais desse carrinho pelo qual eu morro de amores, hehe.

"As boas ideias são simples."
                                  - publicitário da Volkswagen


Até breve,
Nat Magal
Fusca dos sonhos!

domingo, 14 de julho de 2013

Um mundo em miniatura

  Olá pessoal! Tudo bom com vocês? 
O sociólogo Walter Benjamin

Estava com saudade de escrever neste espaço, porém a falta de tempo fazia com que não conseguisse escrever :( 
  Hoje vamos falar sobre as passagens e o surgimento dos shoppings centers, conforme as reflexões do ensaísta, crítico literário, tradutor, filósofo e sociólogo alemão Walter Benjamin. Já ouviram falar sobre ele? Nós estamos estudando mais sobre essa mente brilhante nas aulas de Sociologia, com a querida professora Thereza Cristina e, portanto, resolvi trazer para cá uma postagem com relação a este tema que está me interessando bastante!
Passagens parisienses

  As passagens são galerias feitas de estrutura de ferro e vidro que surgiram em Paris, no século XIX, sendo associadas ao desenvolvimento do comércio de tecidos. Dentro das passagens não existiam apenas lojas de tecidos, mas sim magasins de nouveautés, que nada mais é que loja de novidades, digamos assim. Nestas galerias era possível se encontrar com facilidade artigos de luxo e existiam tantas coisas que o povo daquela época dizia que elas eram como mini cidades, ou um mundo em miniatura!
  Porém, para Benjamin, as passagens eram um mundo em miniatura por outros vários sentidos, entre eles:
- Concentração das mais diferentes mercadorias, vindas dos mais diferentes países;
- Gente de todo mundo vinha admirar e consumir estas mercadorias;
- O fato de permitir a percepção das várias contradições do sistema capitalista ao redor do mundo, como por exemplo, abundância X escassez. Essa diferenciação era bem evidente nas passagens. 
  Ainda conforme Benjamin, as passagens eram verdadeiros espaços de exposição de produtos e corpos, em que os consumidores desfilavam pelas diversas galerias para ver e serem vistos. Muitos deles andavam com uma tartaruga na coleira para justificar o passo lento e, penso eu, para chamar a atenção também, né? A partir deste sistema, as pessoas estavam sendo treinadas para olhar vitrines e passar a desejar o supérfluo, o que é novidade e que "devemos" ter se não somos considerados ultrapassados. Com isso, o sociólogo alemão nos ajuda a perceber a origem de uma poderosa associação: Consumo e Lazer
O atual Shopping Center

  E é a partir desse gancho, que iremos falar sobre o surgimento dos Shoppings Centers. Muitas vezes vamos ao shopping só para distrair e relaxar, mas vocês já pararam para ver que acabamos sempre comprando uma coisinha aqui, ou outra ali?? Isto prova que acabamos consumindo enquanto que a intenção inicial era somente o simples lazer. Este tipo de ambiente comercial surgiu no século X a.C, em Isfahan, no atual Irã. Para vocês terem uma ideia, este grande bazar reunia uma imensa variedade de produtos numa tenda com cerca de 10 quilômetros de extensão. Isso mesmo, tu não leste errado, são 10 quilômetros de extensão mesmo!!! Posteriormente, em 1774, em Oxford (Inglaterra) surge uma extensa galeria semelhante as passagens parisienses que acabarão em resultar nos shoppings centers que temos hoje em dia. O primeiro shopping center igualzinho ao estilo dos que temos hoje em dia surgiu em 1828, nos Estados Unidos, no estado de Rhode Island. No Brasil, o primeiro shopping surgiu na década de 60, em São Paulo e Rio de Janeiro, sendo que anterior a este período já existiam em nosso país grandes lojas de departamentos que vendiam super bem. 
A já extinta loja de departamentos Mappin, inaugurado em SP, em 1913.

   Finalizo com a interessante frase de Walter Benjamin referente à terra das passagens: "Paris era a capital do sonho e o sonho do capital".
   E aí, gostaram de saber um pouquinho mais da história de algo tão presente em nosso cotidiano e que muitas vezes nem paramos para pensar de onde veio? 
                                                                        Um abraço, 
Maria Siry ;)
FONTES: - Imagem do Mappin. Disponível em: http://entrerendasebabados.blogspot.com.br/2013/04/mappin.html. Acesso em: 14/07/13
- Passagens Parisienses. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/04.045/3675 Acesso em: 14/07/13 
- Imagem de Walter Benjamin. Disponível em: http://diariogauche.blogspot.com.br/2010/09/quem-matou-walter-benjamin.html Acesso em: 14/07/2013
- Imagem do atual shopping center. Disponível em: http://tudocultural.blogspot.com.br/2012/09/o-shopping.html Acesso em: 14/07/2013
- "Sonhos de Consumo". In: Bomeny, Helena; Freire-Medeiros, Bianca; Emerique, Raquel Balmant; O'Donnel, Julia. São Paulo, 2010, Editora do Brasil.